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Empreendedores criam marketplace de tábuas de frios e cestas de café da manhã

Explosão de deliveries de presentes na pandemia inspirou mapeamento

A propagação de empresas especializadas na entrega de tábuas de frios, caixas e cestas de café da manhã por todo o Brasil motivou um casal de empreendedores do Litoral de São Paulo a lançar uma plataforma na internet para mapear o setor. O PlatterBrasil.com.br oferece um sistema para que o cliente localize o serviço mais próximo e possa comprar com segurança pelo site.

Conhecidas como grazing platters no exterior, as tábuas de frios caíram no gosto dos brasileiros nos últimos anos. E, com a pandemia, a quantidade de pequenos empreendedores oferecendo o produto se multiplicou. São pessoas em busca de um espaço no gigantesco mercado de presentes, ainda mais aquecido neste momento de distanciamento social.


Até o final de 2019, pouco mais de uma dúzia de empresas ofereciam o serviço de entrega de tábuas de frios em todo o país. E, em menos de dois anos, o setor já conta com milhares de empreendedores buscando o mesmo caminho e há até redes de franquias, além de diversas opções de cursos on-line para quem quer iniciar no ramo ou se aperfeiçoar.

No Platter Brasil, a empresa de tábuas de frios e cestas de café da manhã de qualquer cidade pode se cadastrar gratuitamente e, de imediato, passa a aparecer no mapa para os clientes de sua região. O empreendedor tem também a opção de criar sua própria loja virtual. O site ainda traz notícias sobre o mercado de grazing food. E pretende se tornar um facilitador de vendas entre fornecedores e empresas, além de oferecer cursos on-line.

Grazing Food
Carlos Gustavo Yoda e Patrícia Diguê trabalham no ramo de alimentos e bebidas há sete anos, quando ingressaram no mercado de buffet para eventos. Já trabalhavam com o conceito de grazing food em festas e eventos. E, há dois anos, criaram a marca Tábua Caiçara, um delivery de platters, gift boxes e grazing tables (mesas de frios para eventos). Pioneiros na região da Baixada Santista, tinham como principal objetivo vender tábuas de frios para pequenos eventos de família ou corporativos. Mas, com a pandemia, enquanto as festas estagnaram, descobriram que as tábuas eram também presenteáveis e repaginaram seus produtos, oferecendo tamanhos menores e opções de cafés da manhã.

“Apenas na nossa região, que conta com pouco mais de 2 milhões de habitantes, já identificamos mais de duas dezenas de concorrentes, por exemplo. Não vemos isso de uma forma negativa. A concorrência ajuda a popularizar o conceito de grazing food e platters”, afirma Carlos.

De acordo com Patrícia, a ideia do Platter Brasil surgiu ao perceberem a grande procura de clientes de diferentes locais do mundo, pessoas que estão em outros estados ou países e querem presentear amigos ou parentes na região. 

“Acreditamos que, em um curto prazo, ninguém vai querer ficar de fora do Platter Brasil. Em breve, quando alguém procurar por este tipo de serviço em qualquer cidade do País, vai encontrar no PlatterBrasil.com.br”, comenta. A monetização do site acontece por meio de pacotes de serviços, e a criação de lojas virtuais seguirá o modelo de marketplace com comissão por vendas. 

Os empreendedores não pretendem parar por aqui. Já estão lançando a versão internacional da ferramenta: o Grazing Maps. O site seguirá os mesmos moldes do Platter Brasil, porém abrigando empresas de qualquer país do mundo.

SERVIÇO

www.platterbrasil.com.br

www.grazingmaps.com

www.tabuacaicara.com.br
IMPRENSA: 13 99667 1854 (Patrícia)

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Batizadas de platters, as clássicas tábuas de frios estão de volta, reeditadas e cheias de novidades

As definições de tábuas de frios foram atualizadas. Para começar, agora elas atendem pelo nome de platters. E ainda reúnem várias tendências de uma só vez: fermentações naturais, charcutarias artesanais, frutas da estação e ainda, a maior de todas, são a melhor maneira para curtir um Dia dos Namorados sem sair de casa. Anote as dicas!

Bossa Panier

A marca do casal Diogo Barroso e Clarice Lustosa conta com um mix de produtos artesanais, que vai de panqueca americana a charcutaria (a partir de R$ 150). @bossapanier. Pedidos: (21) 97342-9168.

Espaço nuvem

A loja on-line de Renata Couto foca em produtos artesanais e tem uma série de combos. Agora, ela lançou os platters de Dia dos Namorados (a partir de R$ 190), que trazem queijos e frutas. @espaco.nuvem. Pedidos: (21) 4108-0727.

Compartir

A marca foca em kits regionais. A Cafezim (R$ 210), vem com bolo, geleia, requeijão, pão de fermentação natural e outras coisinhas. Tem ainda as inspiradas na França e na Itália. @compartir_com. Pedidos: (21) 99465-7589.

Dom de Receber

A marca paulistana cria tábuas de vários formatos e recheadas com delícias, sempre com flores e outros mimos (a partir de R$ 169). @domdereceber. Pedidos: (11) 93338-9339.

Fresh platters

Criada em Manaus, a marca atende também no Rio e reúne frios, flores e sobremesas em suas tábuas (de R$ 100 a R$ 600). @freshplatterleblon_rj. Pedidos: (21) 99392-0012.

Platters da Fabi

Criada há um ano por Fabiana Peixoto, a marca produz tábuas com tamanhos para atender de 2 a 6 pessoas a (de R$ 170 aR$ 320) e conta com queijos, charcutarias, frutas frescas e secas, geleias artesanais, focaccias de fermentação natural, chocolates e muito mais. @platters_dafabi. Pedidos: (21) 97159-8006.

Platter Adventures

Criada em Porto Alegre em 2017, a marca chegou ao Rio, São Paulo e outras cidades oferecendo opções de tábuas, sempre com queijos e embutidos, que podem ser para a manhã ou para o encontro da noite. Pedidos: platter.com.br.

Publicado originalmente em O Globo por Lívia Breve

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Conheça negócios de gastronomia que chegaram durante a pandemia com novidades

Já que não tem como prever o fim do isolamento, esperar pode não ser a melhor estratégia. Empresas que se preparavam para chegar ao mercado este ano driblam a pandemia com otimismo e confiança e fazem ajustes – incluindo estruturar a operação de delivery – para seguir com os planos. Por outro lado, negócios surgem em Belo Horizonte justamente pelas necessidades impostas pelo coronavírus. Em todos os casos, a lição é de que não dá para ficar parado.

Resultado de cinco anos de pesquisa, a Yör Chocolates se preparava para lançar a marca e abrir a loja-conceito no Bairro Belvedere em março. Com a pandemia, os planos foram adiados e alterados. A nova marca chegou esta semana ao mercado e vai atender por delivery. “Quando março chegou, demos uma congelada nos planos, mas até hoje estamos sem horizonte, caminhando para meses de isolamento. Decidimos ir em frente e iniciar a operação com a paciência de um bom mineiro”, diz Arthur Kis. 

Engenheiro de minas e chocólatra, Arthur viajou o mundo em busca de chocolates de qualidade e decidiu produzir o que faltava no mercado. “Já tinha tempo que não estava satisfeito com os chocolates que consumia. Houve uma mudança na legislação brasileira, aceitando um teor menor de cacau, e nas últimas décadas a qualidade deteriorou muito.” A ideia é oferecer um chocolate puro, sem recheios, aromatizantes, mais cacau e menos açúcar (orgânico), e ainda levantar a bandeira do produtor local.

A Yör aposta na diversidade de tipos, cores, sabores e origens. Na linha bean to bar, em que o fabricante compra as amêndoas diretamente do fazendeiro, utiliza-se o cacau da fazenda Leolinda, na Bahia, para fazer o chocolate ao leite 44% (a legislação fala em 25%). “Nessa linha, escolhemos a dedo a variedade específica do cacau. Viajamos muito pelo Sul da Bahia, visitamos um por um, e o João Tavares faz um trabalho muito diferenciado. Não é à toa que já foi premiado duas vezes em Paris.” 

Nas outras três linhas, a marca trabalha com blends de cacau. Amêndoas da Amazônia e da Bahia se juntam no chocolate 70%, lançamento da linha Origens. Já a linha Sabores apresenta o chocolate 65% com café da fazenda Recanto, no Sul de Minas, e a linha Regionais traz o chocolate branco com doce de leite. “Fizemos uma releitura do chocolate branco, que tem doce de leite em sua composição. Dizemos que é o chocolate do mineiro. Tem cor mais escura, mas não é artificial, e sabor de caramelo.”

Arthur desenvolve as receitas em um pequeno “laboratório” em casa e envia para fábricas parceiras, que produzem com os padrões de qualidade e os insumos escolhidos pela marca. Depois, recebe as barras de 75g já embaladas. “Entendi que a Yör agregar melhor à cadeia do chocolate inventando produtos, trazendo inovação. Além disso, por ser uma empresa familiar, se optássemos por fabricação própria teríamos limite de capacidade produtiva.”

Longe de desistir dos planos por causa da pandemia, Arthur e os sócios (a mulher e o irmão) acreditam muito nos produtos e defendem que eles podem ser benéficos para os consumidores na qua- rentena. “Chocolate traz muito do que a gente acredita, que é o sentimento de felicidade, tanto que o slogan da marca é ‘seu pedaço de felicidade’. Chocolate é presente, aconchego, sensação de deleite”, co- menta. A ideia é lançar aos poucos as dezenas de produtos desenvolvidos ao longo dos cinco anos.

Abril seria o mês de abertura da Co.fé não fosse a pandemia. A cafeteria, que vai funcionar no coworking de moda Co.crie, planeja o início da sua operação para julho com foco no delivery. Segundo a chef Gabriella Sasso, a estratégia é aproveitar o período de funcionamento com portas fechadas para divulgar o negócio. “Acho legal as pessoas já irem conhecendo a marca e sabendo o que vamos servir.”

A cafeteria vai servir durante a semana café da manhã, brunch e lanche da tarde. No cardápio, opções como quiche de alho-poró, pão de queijo recheado e sanduíches. Destaque também para os cookies e os bolos, entre eles chocolate com caramelo salgado e fubá com goiabada. “A nossa proposta é trazer uma comida que tenha carinho, afeto, que lembre a nossa família. Queremos servir o simples, mas com muita qualidade”, aponta Gabriella. Para beber, sucos descritos como “alquimias” e shakes de café.

Impulsionados  pela pandemia
Como transformar o momento de crise em oportunidade? A Burger’s Coords é um exemplo. Surgiu como uma estratégia de expansão do bufê Papo de Anjo. A ideia da empresa é alcançar um público diferente nos aplicativos de delivery com os hambúrgueres, que, até então, faziam parte do cardápio do bufê. “Os hambúrgueres têm a nossa chancela da qualidade, mas tivemos que desvinculá-los do bufê porque o público é mais específico”, destaca a diretora Tatiana Campolina.

A hamburgueria faz uma viagem pelo mundo através das receitas. Cada hambúrguer ganhou o nome de uma cidade e conta com algum item que remete ao lugar. Beagá tem cebola na rapadura; Paris, molho de mostarda dijon e mel; e Honolulu, maionese de frutas (maçã e abacaxi), tudo artesanal.

Ao contrário do bufê, em que 90% das entregas são próprias, os pedidos da hamburgueria chegam através dos aplicativos, o que mostra que os clientes de fato são diferentes. Impulsionado pela pandemia, o negócio veio para ficar. Tatiana estima que o delivery será a escolha do consumidor por um tempo. “Acredito que a forma de consumo será diferente. Por mais que tudo volte ao normal, não vai ser igual a antes, será o novo normal. A empresa tem que se adequar para sobreviver ao mercado.”

A advogada Lana Macedo sempre gostou de fazer tábua de frios para comer em casa. “Por gostar tanto, fazia todo fim de semana, como se fosse receber a rainha da Inglaterra, com flores, alecrim e decoração”, conta. A pandemia acabou dando um empurrão para transformar o hobby em negócio. Com a Salumi Platters, ela leva para a mesa dos clientes o conceito de grazing food, que vem da Oceania, de comida espalhada, de forma criativa e bonita aos olhos, para comer com as mãos ou colocar no prato.

O cardápio não tem apenas frios. Lana faz uma seleção de queijos, embutidos, pães, antepastos, frutas, geleias, chocolates e macarons para oferecer aos clientes. Além disso, o marido dela, Pedro Macedo, produz em casa a caponata de berinjela, a geleia de pimenta, o patê de frango com abacaxi e o mel trufado. As tábuas, que ficam de presente para o cliente e podem ser reutilizadas, servem até oito pessoas. Há também caixas para presentear. O número de itens depende do tamanho escolhido.

Otimista, Lana considera este um bom momento para começar o negócio. “A quarentena até ajudou. Não teria tantos pedidos se os restaurantes estivessem abertos. As tábuas são uma ótima opção para quem está em casa.” A praticidade de receber tudo pronto para colocar na mesa é uma vantagem.

Publicado em O Estado de Minas